quarta-feira, 1 de julho de 2009

As saudades.




Desde o começo - digo começo por aquilo que nos lembramos e aquelas memórias esquecidas em uma caixa empoeirada - aprendemos a conhecer e aí então tirar conclusões positivas ou não a respeito de tudo que nos envolve - e mais pra frente até sobre o que não nos diz respeito. Gostamos, desgostamos, somos críticos de comida, música, filmes, roupas, atitudes e o que mais aparecer em nosso caminho.
Uma pessoa normal gosta mais do que desgosta. É mais a favor do que contra. Normal? Talvez a palavra correta seja sensata, equilibrada, mais concentrada em utilidades do que futilidades - meros detalhes.
Quando acreditamos em algo, cuidamos, conhecemos o máximo que podemos, nos acostumamos com a presença, com a companhia. São lugares, pessoas, animais, objetos. São futuras lembranças que pouco a pouco vão nos compondo. Nos apegamos àquilo que amamos. O que torna nossos dias mais calmos, nos dá força pra continuar a viver com esperanças sempre de coisas, dias, experiências melhores, mais significativas, gratificantes.
A saudade é algo incrívelmente bom. Expressa sentimento de cuidado, carinho e o real valor com que encara aquilo que lhe faz falta. É sinal de respeito. Amor. Tudo depende da forma com que você pretende encarar as suas. Sofrer desesperadamente? Chorar, se trancar num quarto escuro ou achar formas de extravasá-la? Extravasar de uma forma saudável, com resultados decentes. Ir a lugares que te tragam lembranças, cheiros, sabores que amenizem um pouco a dor. Não é necessário trair confiança com a desculpa da falta.
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Vivemos então de saudades dos bons e velhos tempos, das alegrias antigas, até mesmo da dor. O único erro é viver em função do passado. Arrependimentos, atitudes não tomadas, peso morto e inútil. Podemos só aprender com os erros, e para se chegar a essas conclusões precisamos refletir sobre as situações. Mudar de verdade, crescer.
O futuro é expectativa, mistério, planos, desejos e objetivos. O “eu” do amanhã é reflexo do de hoje e leva-se tempo dedicado no passado e no presente pra chegar no futuro desejado, para que se possa sentir saudades novamente com orgulho do que se conquistou.
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Foto por mim no tal do Anila. O Boi melancólico - tempos que não viveu.

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